terça-feira, 13 de julho de 2010

02

Essa nativa das matas da jurema
me laçou no samba de roda
essa nega era foda
era o inicio do meu problema

uma barata pós-moderna
pintava com uma das mãos
filmava a vida com lentes coloridas
sambava somente com uma das pernas

se tornou nativa
na terra em que eu jurava ser improdutiva
um barro duro, india quebrou com as próprias mãos
e a beleza fez brotar

índia por favor não desfaça o feitiço
não deixe meu peito omisso
não dê a beleza sumisso
não tire meu chão, meu luar

nega, esse é meu compromisso
ser nego cativo, presente
é só me tornares ciente
que me quieres contigo na falange de Tupinambá

“...Moema, Moema, Moemê, Moema, Moema, Moemá, Moema é a Deusa da beleza, filha de Tupinambá...”
7L

Nenhum comentário:

Postar um comentário