Essa nativa das matas da jurema
me laçou no samba de roda
essa nega era foda
era o inicio do meu problema
uma barata pós-moderna
pintava com uma das mãos
filmava a vida com lentes coloridas
sambava somente com uma das pernas
se tornou nativa
na terra em que eu jurava ser improdutiva
um barro duro, india quebrou com as próprias mãos
e a beleza fez brotar
índia por favor não desfaça o feitiço
não deixe meu peito omisso
não dê a beleza sumisso
não tire meu chão, meu luar
nega, esse é meu compromisso
ser nego cativo, presente
é só me tornares ciente
que me quieres contigo na falange de Tupinambá
“...Moema, Moema, Moemê, Moema, Moema, Moemá, Moema é a Deusa da beleza, filha de Tupinambá...”
7L
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