sábado, 17 de julho de 2010

Ausência


Confusão
Desordem
Engano
Foi tudo uma grande confusão...
Semifusa
1/64 de uma semibreve
ou metade de uma fusa.
Ando brevemente ou "abreviadamente" confusa.
Quando há mais de uma semifusa na sequência elas são agrupadas para facilitar a leitura.
Ando confusa por conta de um a-gru-pa-men-to.
O que na verdade não acontece, não na minha percepção.
Na sequência elas são agrupadas dificultando a comunicação.
A-gru-pa-men-to: juntar se em grupo
Dupla, trio, bando.
Que funciona muito melhor que uma só pessoa
Duas cabeças...
Pensa muito melhor que uma.
Uma por si só
tem sua percepção autista, porém minimalista.
Que no final não é entendida pela ausência de diálogo
Troca de ideias,falar, acontecer, causar.
A causa da confusão.

Construir pontes
ou muros?



No final tudo acaba em música

((Ausência Itamar Assumpção))
(Meu bem,) Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia

terça-feira, 13 de julho de 2010

Caramujo-Flor

Ficção/experimental – 35mm – cor- ano 1988 – 21 min

Sinopse: O itinerário da poesia de Manoel de Barros, através de uma colagem de fragmentos sonoros e visuais.
Direção: Joel Pizzini
Elenco: Ney Matogrosso, Rubens Corrêa, Tetê Espínola, Aracy Balabanian, Almir Sater





Conto

Uma tal de ventania me falou um dia, das histórias que tinha vivido nesse mundão.
Louca que só bebia mais que podia...
Foi quando encontrei Lua, linda como o sol e forte como a terra...
Todas as noites conversava com a Lua, e numa noite chegamos a uma conclusão:
"O mundo é dos loucos
e os loucos somos nozes."

Moema, quem?

Uma grande dúvida para alguns

Um livro aberto para outros.

No fim ninguém pra muita gente.

A filha de tupinambá?

Que arde como Pimenta?

É morena?

Faz Poema?

Louca e santa?

A astúcia de Cauê, o tupi exilado.

Com a doçura de Joana a baiana encantadora.

Da paixão de Dan, que se apaixona facilmente.

Com o toque do meu Abor que gosto mais do que expresso.

Na malandragem de Pechincha, palhaço! Poeta.

Pelo carinho de Lipe e a fome de samba que tem.

Nas antigas conversas com Jan no café do Brá

E As 7L de Emmanuel (malandragem dá um tempo!)

É sentimento, fato vivido, documentado.

Moema

É efêmera e se perde rapidamente.

““... Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.

Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."

Prazer, meu nome é Moema e eu estou encantada.

06

Minha amiga Moema!!
Que vive longe... com a cabeça nas alturas moema ê moema á

A mesma que dançou com os índios
se banhou nas águas deste mar

Fez chá com os nativos
pitÔ com Joana
encantou Graussá
cantou na pituã
e fez piercin no takatá

É do Espirito Santo
mas de santa não tem nada

Uma menina...
Tem a cabeça do tamanho do mundo
e a sabedoria da velha
gosta de observar
ama o ser humano que sei
e assim pôs a cidade a cantar

Onde andará a filha de Tupinambá?

espero que não na casa dos pais.
Cauê Tupi

05

Menina morena
piercin na boca
sorriso mulher
moema
poema
**************
Moema
Poema
Problema

"Em maio desmaio"

Luis filipe Pôrto

04

Ô Mooa, e ainda não entende o que vemos na sua voz?
É coisa boa. Quando cantas,em nosso interior, sua alma ressoa
Ninguém mandou seu nome rimar com poema
Moema...
As pessoas chamam seus amores de 'mô'
que significa amor e que pra você é apelido
Moa... Trocando as letras fica 'amo'...
Moema.. pimenta.. doce.. não arde..
Então qual a graça?
Toda a pimenta tem o seu Q de tentação...
M-o-e-m-a, o nome já rima
Isso pois só falei do nome
E ainda perguntas o que vemos de tão especial em sua voz?

03

Minha santa e louca amiga
Moa
2008
Jan

02

Essa nativa das matas da jurema
me laçou no samba de roda
essa nega era foda
era o inicio do meu problema

uma barata pós-moderna
pintava com uma das mãos
filmava a vida com lentes coloridas
sambava somente com uma das pernas

se tornou nativa
na terra em que eu jurava ser improdutiva
um barro duro, india quebrou com as próprias mãos
e a beleza fez brotar

índia por favor não desfaça o feitiço
não deixe meu peito omisso
não dê a beleza sumisso
não tire meu chão, meu luar

nega, esse é meu compromisso
ser nego cativo, presente
é só me tornares ciente
que me quieres contigo na falange de Tupinambá

“...Moema, Moema, Moemê, Moema, Moema, Moemá, Moema é a Deusa da beleza, filha de Tupinambá...”
7L

01

Vi uma india feiticeira, da tribo tupinambá
se embrenhando pela mata
sua pele seu disfarce
cabelos negros como a noite
lindo sorriso como luar

seus dois olhos de estrela
advinham onde foram iluminar?
Essa india faceira, pedra de atiradeira
Entre os prédios foi pintar

bordou
colou
pintou
construiu
desconstruiu
compartilhou
abandonou
apaixonou
magoou
brilhou
viveu
sentiu
7L