domingo, 6 de fevereiro de 2011

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA

Sempre gostei do que Ricardo Fabbrini (2002: 173) escreveu para introduzir seu capítulo: O signo corporal. Para ele o corpo, depois de fragmentado pelo cubismo, distorcido pelo expressionismo, convertido em sonho pelo surrealismo, glamourizado pela pop art, documentado pelo hiper-realismo, descarnado e até imolado pela body art, reduziu-se a órgãos vivos, tecidos e células. Agora a semiótica greimasiana dá à imagem do corpo, mais especificamente a fotografia poética do nu, o status de semi-simbolismo, baseados em estudos de Jean-Marie Floch.



O poeta e pintor inglês William Blake afirmou que “a arte jamais poderia existir sem expor a beleza da nudez.” Desde os primórdios dos tempos a nudez pertence à arte, estando presente nos ateliês de artistas clássicos e contemporâneos, assim como está presente em todas as outras vertentes artísticas. O corpo humano é visto como uma obra de arte. E como tal é contemplado. Afinal, é uma notável composição de músculos, uma máquina que reage e funciona à base de emoções. Que sangra, que expressa. Que causa prazer para quem sente e vê, de uma desconcertante (im)perfeição.




O observador é uma extensão daquilo que observa, pois é dele a interpretação, independente da intenção do artista.
São os conhecimentos e as inferências feitas pelo observador que vão responder a pergunta que realmente deve ser feita: é uma boa arte?





LABORATÓRIO-PESQUISA-CONCLUSÕES 

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