sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Essa nativa das matas da jurema
me laçou no samba de roda
essa nega era foda
era o inicio do meu problema
uma barata pós-moderna
pintava com uma das mãos
filmava a vida com lentes coloridas
sambava somente com uma das pernas
se tornou nativa na terra em que eu jurava ser improdutiva
um barro duro, india quebrou com as próprias mão
se a beleza fez brotar
índia por favor não desfaça o feitiço
não deixe meu peito omisso
não dê a beleza sumisso
não tire meu chão, meu luar
nega, esse é meu compromisso
ser nego cativo, presente
é só me tornares cienteque me quieres contigo na falange de Tupinambá

“...Moema, Moema, Moemê, Moema, Moema, Moemá, Moema é a Deusa da beleza, filha de Tupinambá...”

7 L

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