Elaborar trabalhos de artes utilizando a mistura de materiais não é privilégio da arte popular, do artesanato... a colagem é uma técnica que faz uso dessa mistura e tem seu lugar na história da arte.
A Colagem é uma técnica não muito antiga, criativa e divertida, que tem por procedimento juntar na mesma superfície duas ou mais imagens, cada uma de origem diferente da outra.
Os primeiros artistas a utilizarem essa técnica foram Pablo Picasso e Georges Braque, por volta de 1912. Eles colavam diversos materiais em suas pinturas a óleo. Depois de algum tempo, vários deles começaram a misturar imagens impressas de todo o tipo, desde rótulos até gravuras. Max Ernst fazia criativas colagens a partir de ilustrações de jornais e revistas ou juntando coisas, inventando criaturas e ambientes estranhos. Outro artista importante que desenvolveu a técnica da colagem como arte foi Henri Matisse. Ele chamava essa técnica de "desenhando com tesouras". A técnica consiste em cortar figuras em papéis coloridos. O resultado são composições simples, mas muito bonitas, que acabou influenciando muitos outros artistas depois dele.
Avançando um pouco mais na história, por volta da década de 60, surge a pop art, movimento que mistura imagens populares de propaganda, como caixas de sabão em pó com outras imagens, usando pintura e serigrafia. Robert Rauschenberg, artista plástico, atuante até hoje, fez muitos trabalhos desse tipo. Uma curiosidade…
Antes mesmo dessa inovadora técnica existir, surgiu em 1880 a fotomontagem, técnica que consiste em capturar várias imagens na mesma chapa em momentos diferentes. Assim criava-se um rosto com uma árvore na testa, uma paisagem com prédios no céu etc. Com a chegada dos computadores, muita coisa pôde ser criada dentro deste estilo.
Nossa proposta norteia se na união da fotografia com o desenho. Colagens de Imagens Vivas trabalha o "Su" e o Real afim de criar e intervencionar.
As primeiras imagens retratadas são do primeiro experimento de auto-retrato, a ideia é documentar e criar a partir de um lugar comum, com pessoas comuns, com um único fim: Documentar o efêmero intervencionando! Criando, questionando e colorindo; O amanha, o hoje e o ontem.
Depois finalmente expor na maior das galerias; A rua, onde será intervencionada pelo tempo e por olhares desconhecidos e afins.