Resenha Critica
Por Moema C. Freitas
Delete Love
Mais Um
Maicou Diéquison
A estréia do vídeo de ficção Delete Love produzido pela MIRABOLICA PRODUÇÕES exibido na Ultima quinta feira na casa da cultura Barra do Jucú levou ao publico uma linguagem moderna com um certo lirismo.
Razão e emoção com um pingo de contemporaneidade.
No enredo do curta o personagem principal compara a memória do computador com a sua, o conflito se resume em um desentendimento com o seu amor.
O que o leva a decidir se o apaga ou não. DELETE LOVE
O segundo vídeo exibido foi um documentário.
O negro é discriminado até os dias de hoje.
Números comprovam que mais de 75% das pessoas autuadas tem a pele de cor negra
O principal questionamento é na forma de abordagem dos policiais e de mais da metade da população com hierarquias na sociedade.
Podemos resumir esse pré-conceito nos estereótipos, criados pela cultura de massa:
BANDIDO, POBRE, MENDIGO,MACUMBEIRO, PRETO
“Se você soubesse o valor que o preto tem, se pintava de Piche preto e virava negro também.”
A escassez de informação e de inclusão na própria cultura negra, já nos leva a “escrotizar” e criticar, “o ser humano diz tudo o que sabe sem saber que não sabe de nada” e assim acaba criando seu próprio ponto de vista.
Os negros trazem em sua pele sua cultura, sua religião e sua cor, eu me pergunto até hoje por que nas escolas não existem livros de literatura africana ou então por que cantos africanos não foram inseridos no ambiente escolar substituindo hinos ou cantos cristãos e evangélicos que são costumes na maioria das instituições como forma de didática pedagógica .
O candomblé é uma religião africana, Tupã, Oxalá, Iansã são deuses africanos e indígenas e deveriam ser respeitados tanto quando Deus, Buda ou Jeová, já que a nossa descendência pertence muito mais a eles do que qualquer outra cultura.
Na verdade o Brasil é um Pais laico e nenhuma religião deve ser imposta, mas fica a dica !
Os valores primaciais do laicismo são a liberdade de consciência, a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa.
"Deus é um tipo ideal criado pelo próprio homem"
O conflito se resume em um PONTO de vista e na critiCIDADE, qualquer cidadão “teria” que ser tratado igualmente independente de credo classe ou religião, diferentemente da nossa realidade que em sua totalidade é dividida.
“Meu nome é Benedito João dos Santos Silva Beleléu vulgo nego dito nego dito cascavé.”
Itamar Assumpção Frente da Sociedade Anônima dos Negros
(ver artigo em http://www.baratapsicodelica.blogspot.com/ Negros S\A Por Freitas-Moa)
Maicou Diequison é um curta de ficção feito pela galera do Centro de Referencia da Juventude que fica em Vitória, o diretor do filme Natanael nos mostra um roteiro interessante onde a vida de Maicou é espelhada na do cantor POP Michael Jackson.
O assunto proposto é o pré conceito a falta de trabalho a necessidade e as escolhas...
O dinheiro fácil e o ambiente em que vive a pessoa influenciam na corporeidade do individuo, basta que ela aceite ou não, é tudo uma questão de escolha e necessidade, que eu não me atrevo a discutir... Já existem vários pontos de vista sociais analisando e justificando "N" motivos e possibilidades do "Porquê" que o camarada entrou no crime.
Cada qual tem seus motivos, quem sou eu pra julgar alguém!
SEM análises por enquanto!
http://imazul.org/festivaljovem5/2009/09/maicou-diequison-es/
Conclusão:
O ser Humano é um formador de Opnião
Ele é manipulado e manipula, logo o ser humano tem a capacidade de criar, anexar, salvar e até deletar pessoas.
O discurso é de uma sociedade anônima que é mascarada por uma sociedade escandalosa que espalha sua doutrina e dissemina, é o chamado modismo que é um ciclo e é efêmero. Onde é declarado um padrão, e tudo aquilo que for fora desse padrão é marginalizado pela sociedade com uma série de preconceitos e blás blás blás.
A sociedade deveria valorizar e reavaliar os conceitos de qualquer idéia ou intervenção que aconteça na sociedade seja ela corporal mental ou verbal.
E o que é efêmero... Há o que é efêmero se perde rapidamente, mas volta com novas cores cabelos, ritmos, tecidos.
A única coisa que não se perde é a identidade e a raça, isso é pra sempre.
O ser humano carrega em si estórias e história, pela sua descendência e sua capacidade de criar e modificar um meio pela sua arte e sua trajetória de vida, somos documentários anônimos que perambulam na marginalidade ou não.
Afinal eu sou um individuo anônimo no meio da multidão, eu vivo numa engrenagem social que é totalmente alheia ao meu drama pessoal.
Existem vários Maicous nas grandes metrópoles que são pedras brutas que bastam ser lapidadas. Por quem?? O conhecimento é uma moeda de troca, a idéia da evolução é a revolução, e assim vamos mudando um meio.
“Que eu me organizando posso desorganizar”
“Ajudante de traficante
Não tem vaga!
A policia matou
A policia matou
A policia matou
Quê quê isso quê quê isso
Quem foi que disse?
Quem foi que disse?
Samba não se aprende na escola
Noel Rosa!
Quê quê isso!”
(Música- Quê quê isso- Anselmo Groove e o C.R.I.M.E Caravana Revolucionária de Intervenção Musical Espontânea)
Vila Velha 07 DEZ 2010
moema.cfreitas@gmail.com